Hoje, sexta-feira, fecha mais um ciclo de cinco dias. Um ciclo de crescimento, de expansão da consciência, de aprendizado e de vida. A Espiritualidade, então, nos convida a acender a luz interna sobre esse ciclo e refletir o caminho dos nossos pensamentos. Onde estava seu pensamento? É comum que naveguemos sobre coisas ruins e boas ao longo do dia, a questão é que devemos observar se estagnamos no pessimismo ou seguimos com o otimismo.
O ser humano, a partir do estado de consciência e senciência, ou seja, a habilidade de compreender e sentir a totalidade do seu mundo interior, é capaz de transmutar a emoções negativas em positivas. Para exemplificar, imagine que numa conversa com alguém, por qualquer motivo que seja, esse alguém te trata mal e lança grosserias e críticas sobre você. Nesse caso, ser senciente com consciência significa ouvir e acolher, mas não tomar posse das emoções que não suas e, sim, do outro. Emoções que podem ser fruto de inveja, medo, raiva, ira e tantas outras coisas que não são suas. Apenas deixe ir. Não permita que o outro transforme sua água da vida em água parada, ou seja, em mágoas.
Imagine, mais uma vez, que dentro do nosso cérebro há uma orquestra composta por muitos músicos. Cada músico com o seu instrumento é responsável por um pedacinho da partitura da música a ser tocada. Essa composição simboliza a conexão neural, ou seja, o som que sai de um instrumento compõe uma linha de conexão e junto a linha de outro instrumento, compõe uma grande rede, que chamaremos de rede da consciência e da memória. Essa rede é formada por vários pedacinhos (módulos). Cada módulo se divide em sub módulos que juntos formam a grande rede de conexão neural. Ou seja, são micro pedacinhos que formam o que chamamos de energia, vibração, campo metafísico, VIDA.
Agora, imagine que todo esse sistema se renova a cada dia, podendo transmutar e evoluir. Os neurônios, representados pelos músicos, se renovam. Isso acontece à medida que refletimos e mudamos os nossos hábitos e nos colocamos no lugar de serviço. Dessa forma, através do processo de reflexão, compomos uma música alinhada à consciência universal. Aquilo que chega para nós em forma de inveja, mal-dizer, raiva e ódio é transmutado em AMOR. Do contrário, quando permitimos a dominação das baixas emoções em nosso íntimo, a música desafina e o vazio se instaura. Portanto, temos o poder de escolher com consciência e senciência a música que desejamos compor.
“Quem sabe, no dia dos reencontros, a gente possa perceber que a nossa vida foi, na verdade, a restauração dos encontros.” _ Renata Gaia